quinta-feira, 6 de março de 2008

Quem pode mais?

Até algum tempo as empresas e o mercado viam a importância do marketing de forma muito limitada. Este era considerado uma ferramenta necessária para prospecção de clientes e aumento de vendas. Seu foco foi variando com o tempo e tivemos vários fatores supervalorizados de forma quase que exclusiva, mas sempre menosprezando os demais, como foco na produção, no produto, em vendas, no cliente, etc. Hoje o marketing é fundamental para toda e qualquer organização, embora alguns o achem mais importante que os demais setores da empresa, gerando algumas disputas internas e problemas de clima organizacional. A verdade é que todos são importantes, complementares e necessitam de ações conjuntas e troca de informações.
O marketing deve levar em consideração toda a organização e seus “stakeholders”. Estes são aqueles que de alguma forma estão envolvidos no mundo e dia-a-dia da organização como os clientes, funcionários e colaboradores, fornecedores, acionistas, governo, comunidade, mercado, concorrentes, enfim, tudo que faz parte da vida da organização. Daí a segmentação do marketing e suas especificidades como CRM ( relacionamento com clientes), B2B (business to business ou marketing empresarial), endomarketing (marketing interno) e muitas outras siglas e expressões que servem para designar nada mais que o assunto tratado, ou para orientar atividades, facilitando sua assimilação pelos envolvidos no planejamento, execução e monitoramento das ações adotadas.
Embora cada vez mais especializado, o marketing continua geral, com uma abordagem macro e especial missão, não mais função, de agregar valor a produtos e serviços e aumentar a percepção geral de importância das organizações. Isto implica em fazer o dever de casa pesquisando e monitorando o mercado e interagindo com os demais setores da empresa.
Recursos Humanos, P&D, Financeiro, departamento de vendas e Marketing, são todos peças fundamentais em qualquer empresa e não podem perder tempo em corridas internas para ver quem pode mais, quem decide mais. O planejamento estratégico da empresa é norteado por todos, e deles exige comprometimento. São órgãos vitais de um só corpo, para haver saúde é necessário que nenhum deles esteja doente.