sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A dependência de um país independente.

Me considero um patriota além copa, que se importa com o país ao ponto de me engajar social e politicamente e o simples fato de promover discussões já é uma das maneiras de fazê-lo.
Neste 07 de Setembro nosso país assiste à paradas que celebram a nossa independência. Marca a data em que esta foi declarada às margens do Ipiranga, quando nosso país ainda permanecia como colônia de Portugal. O grito de “Independência ou morte!” fora dado por D. Pedro I, então imperador do Brasil (após uma forte dor de barriga e visita à moita mais próxima, segundo historiadores).
Ao pensar no que isto representa em nossa história, não pude deixar de lembrar que:
1- Dependemos de investimentos externos.
2- Dependemos de petróleo importado.
3- Dependemos de boa vontade do FMI para rolamentos de dívidas.
4- Nosso povo depende de bolsa escola, vale gás, fome zero, bolsa família e muitos outros programas assistencialistas.
5- Dependemos de um sistema de saúde falido.
6- Dependemos de uma previdência que está fadada ao colapso.
7- Dependemos de uma segurança pública ineficiente.
8- Dependemos de leis fiscais, penais, civis e trabalhistas atrasadas.
9- Dependemos de um legislativo e executivo (grande parte deste) corruptos.
10- Dependemos de um sistema financeiro leonino, com os juros mais altos do mundo.
Ou seja, esta independência, se é que aconteceu, nada mais foi que um erro histórico. Faz-me perguntar se não teria sido melhor que a Holanda tivesse expandido as colônias que havia instalado no Nordeste e enxotado os portugueses. Nada contra os patrícios, mas quem sabe hoje não tivéssemos um índice de analfabetismo muito pequeno e fôssemos capazes de falar três idiomas, ensinados em escola pública!
Do grito às margens do Rio que nos forneceu duas opções (independência ou morte), a que vemos é a “morte” por desnutrição, falta de assistência social, descaso, violência... Talvez o nosso imperador devesse ter gritado; “Independência ou social, progresso, compromisso, honestidade, avanço, sei lá...” qualquer coisa boa pra variar. Aposto que nenhum brasileiro está satisfeito com a opção oferecida...
Mas ainda assim tenho muito orgulho de meu povo (embora seja péssimo em fazer escolhas e um tanto passivo), nossas terras, paisagens e tantas maravilhas. Como bom brasileiro, não desisto nunca! Pelo menos de ter esperança.

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo texto, acho que o desejo de todos nós brasileiros é poder viver em um país que tenha educação, saúde e igualdade social.

Anônimo disse...

Mandou muito bem

Pois é...Nao desistimos nunca de ter esperança.

Quando abri a veja da semana passada sobre o caso Renangate subiu aquele friozinho na barriga.
Talvez estamos avançando!