terça-feira, 2 de outubro de 2007

O futuro da propaganda.

Até alguns séculos atrás a única forma de publicidade e propaganda de um produto ou serviço era o boca-a-boca. Dependíamos de indicações e da busca de novos clientes através de visitas que raramente eram feitas, pois o dono estava sempre tocando o negócio e força de vendas era algo que simplesmente não existia. A única propaganda consistia numa placa sobre a porta, fora da lojinha, ou o letreiro amadoramente pintado com as próprias mãos onde se lia “ferreiro” ou “costureira”.
Com a constatação de que existia a necessidade de publicidade e propaganda e a evolução das mesmas, surgiram formas de divulgar serviços e produtos. Cartazes, carros de som, merchandising, panfletos, placas, jornais, revistas, rádio, TV, outdoors, busdoors, folders, banners... e mais recentemente a internet. É claro que tudo isto está exemplificado de uma forma muito resumida, cronologicamente falando. Onde quer que olhemos somos bombardeados com informações que guiam nosso comportamento e a não ser que vivamos em uma aldeia totalmente isolada da civilização, somos influenciados por apelos de marcas que norteiam nossas prioridades enquanto seres consumidores.
Fica difícil prever onde vai parar a criatividade dos publicitários. Numa civilização que dobra seu conhecimento a cada 10 anos, a propaganda está em situação concomitante com os avanços na área de tecnologia e telecomunicações. A convergência de meios, como é o caso do aparelho celular, também promove uma corrida de criação de novas formas de atingir o consumidor mais diretamente. Este anda hoje com um meio ambulante de anúncios no bolso, que além de fazer chamadas telefônicas também é um organizador pessoal, tocador de MP3, câmera fotográfica e micro computador, podendo ser influenciado ao ligar o aparato ou consultar o saldo bancário. No elevador ele assiste a comerciais de escritórios de advocacia através de um minúsculo monitor de LCD, enquanto transita entre os andares de um prédio comercial. Assiste a jogos de futebol e vê anúncios que só existem pra os telespectadores, pois são gerados digitalmente. Quando loca um DVD e este é entregue em casa, o disco vem numa caixa de pizza e além de promover o prazer de um bom filme acaba dando uma fome... Isto sem falar nas ligações de operadores de telemarketing que possuem bola de cristal de última geração e conseguem seu número pessoal, lhe chamando pelo primeiro nome. Devido a esta diversidade ganhou importância um setor em agências de propaganda chamado de “Mídia”. O Mídia é responsável pelo contato com os diversos meios de comunicação bem como pela análise das necessidades do cliente e defesa de seus interesses frente a esses meios. É um setor sempre antenado com o mercado, suas novidades e é de fundamental importância em qualquer campanha.
O fato é que os meios mudam, se tornam mais efetivos, estimulam o consumo e transformam a sociedade. Por isso a propaganda é algo tão viciante para os estudantes e profissionais da área. Porque além de ser tão dinâmica, é cheia do novo, da transformação e criatividade, adquirindo para nós um status de arte. A propaganda vai ter sempre a inovação como aliada, pois sabe que o consumidor admira esta característica. Talvez até para inovar a expressão boca-a-boca ganhando novos nomes como “buzz marketing”.
Pode-se assim, ter certeza que os meios de propaganda de 10 anos atrás mudaram bastante. A maior característica desta “arte” é que ela já nos surpreende hoje, no presente, deixando a incerteza do que nos reserva o futuro...
Quanto à pergunta título do artigo, é muito fácil de responder;
Vai parar na cabeça do consumidor.

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